segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E eu amo cada dia mais...

Já que é para ser repetitiva.... eu não me importo! Amo mesmo, cada dia mais! Continuo achando o mais lindo, o mais carinhoso, atencioso, gostoso, o mais engraçado, o mais amoroso e, por mais fria que ele diga que eu sou, eu continuo sendo mais carinhosa com ele do que eu já fui com qualquer outro! E nem sei de onde que brota tanto amor!!!

São seis anos já. Era para ter acabado esse fogo todo... Mas não acabou, então a gente comemora! Comemora no dia dos namorados, no aniversário de casamento, no dia em que demos nosso primeiro beijo - e não desgrudamos mais -, tudo é motivo de comemoração.

Se alguém me perguntasse a receita, eu nunca saberia dizer. Porque é uma coisa que vem de dentro para fora, não de fora para dentro. Mas eu sei que tem muitas coisas que colaboram. E talvez eu até já tenha falado - mais de uma vez nesses singelos 24 posts que o blog tem até hoje -, mas nunca é demais repetir... até porque, não importa quantas vezes eu fale, tem gente que nunca aprende.

Bem, em primeiro lugar vem o ingrediente misterioso. A gente se ama, independente de qualquer coisa. Aconteceu e continua acontecendo e a gente deixa que essa parte caminhe sozinha.

Em segundo lugar, nós nos respeitamos o máximo que conseguimos. Não mexemos nas coisas uns dos outros, aceitamos o argumento "não quero porque não quero", acreditamos que cada um deve ter sua vida privada, independente da vida que dividimos, respeitando os limites de fidelidade pré-acordados no início do relacionamento e por aí vai. Ficamos juntos o tempo todo que podemos porque queremos e não porque temos que ficar.

Em terceiro lugar, a rotina não existe. É possível que eu nunca saiba se este é um fator determinante para que as coisas continuem dando tão certo. Mas eu desconfio. Rotina é bom, mas na maior parte das vezes ela acaba com os relacionamentos. E nós não sofremos desse mal, porque não sabemos quando vamos nos ver, exceto com um mês de antecedência, que pode se transformar em dias, dependendo da quantidade de trabalho que as pessoas na empresa dele têm... tudo pode mudar o tempo todo. Além disso, não existe essa se trabalho de segunda a sexta para ele, portanto, sempre que ele está aqui, é como se fosse sábado e domingo. Saímos, nos divertimos, dormimos tarde... é sempre assim, um show.

Em quarto lugar, nós não damos brecha ao ciúme. Uma vez ou outra, ele deixa alguma coisa escapar, mas eu não deixo o humor de lado quando quero falar sobre assuntos como esse. Ele se estressa um pouquinho porque eu fico enchendo o saco dele até saber tudo e, no final, a gente sempre se resolve. Olhar gente bonita, pode. Só não pode tocar, essa é a regra. Charme todo mundo joga, sem hipocrisia, isso também faz parte da regra. Quem não gosta de ser "querido", ne.... Mas que fique por ai. E olhe la!

Em quinto lugar, a gente não briga.... não, não é que a gente não brigue, mas a gente não aumenta o tom da voz. A gente não fala palavrão, não xinga e não perde a cabeça. É claro, não é uma verdade 100% absoluta,. Mas eu posso dizer com certeza que é assim 95% das vezes. Exceto por raras exceções que são quebradas em duas ocasiões (100% das vezes): TPM e quando bebidas alcoólicas são consumidas (por mim). Como a segunda situação já foi resolvida (não brigo mais quando bebo umas cervejinhas), estes 5% ficam reservados somente à minha TPM, que às vezes é bem difícil mesmo de ser controlada.

Em sexto lugar, a gente realmente se importa. Destoando de todas as coisas que as revistas dizem sobre os homens, pelos próprios homens, o Igor não quis casar comigo porque eu estou de acordo com os planos dele para o futuro. Até porquê quando nos conhecemos ele queria casar e ter filhos, queria uma mulher que não bebesse, que gostasse mais de ficar em casa do que de sair, que soubesse cozinhar...... e ele casou comigo, que, além de fazer o oposto de tudo isso, não queria casar, nem ter filhos.... Ele quis casar comigo porque estava apaixonado, porque não tinha vontade de estar com outras pessoas e porque a gente é feliz juntos. E eu também quis casar com ele por causa disso. A gente se importa com o que o outro pensa e a gente quer saber, quer participar, quer dividir.... quase tudo! E o quase é exatamente o sétimo lugar.

Em sétimo lugar, a gente divide QUASE tudo. A gente sabe que cada um precisa ter seu espaço, então nós damos este espaço. Nós não somos aqueles casais que contam todos os segredos dos amigos um para o outro. Nós respeitamos essa barreira. O meu dia tem 24h, das quais ele não sabe nem da metade, porque nós focamos nos assuntos que queremos dividir e conversamos sobre eles.

E eu poderia falar do oitavo lugar, do novo, do décimo e nunca mais parar de falar.... Mas eu não vou fazer isso porque eu acho que com tudo isso que está escrito aí em cima já dá para ter uma noção do que é preciso para acreditar em amor para toda a vida!

domingo, 4 de abril de 2010

M o m e n t o

Quando as pessoas ficam sabendo sua profissão, sempre me perguntam se é tranquilo ficar tanto tempo sem ele. Eu respondo naturalmente, resposta de quem já está acostumada com isso há quase quatro anos. "Sim, muito tranquilo. Hoje em dia é mais fácil ainda, ele tem ficado bastante tempo em casa". Naturalmente poderia ser trocado por automaticamente, afinal de contas, eu não penso muito para responder.

Porque eu sinto falta dele, sim. E é o tipo de coisa que você nunca vai se acostumar. Aquela rotina que é a principal culpada por tantos fins de casamento, é... ironicamente, eu sinto muito a falta dela. Mas, como sempre, procuro encontrar o lado positivo das coisas. Quando ele está aqui, é tudo maravilhoso. Como se não tivéssemos tempo para besteiras, como se tivéssemos o tempo contado, e, por isso, o aproveitamos com amor. Que, afinal de contas, é a principal razão de tudo isso.

Então a gente toma café junto, sempre. E enquanto ele faz a comida, eu lavo a louça. E ficar na cama não é coisa de quem tem preguiça. E cortina fechada não é coisa de quem não gosta de sol. Eu tenho um momento. E eu tenho que aproveitar.

Quando ele vai embora, todas as coisas ficam estranhas de novo. Eu tento aproveitar ao máximo, mas não é a mesma coisa. Às vezes eu penso que não deveria ser assim, deveria ser bom também. Mas sentimento é sentimento, involuntário. E não é bom também. Então, eu procuro encontrar formas para ficar bom. E fica, mas não fica igual.

A parte boa é que eu amo tanto esse menino! E ele sempre volta para mim! E é bom quando ele volta. Ah, se é!



* Sim, faz tem que eu não escrevo aqui. No início, era estranho escrever. Achava que estava expondo coisas muito íntimas, para pessoas que eu nem conheço.Mas hoje eu sei que é a mesma história. Para todo mundo. Então fica mais fácil.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Balanço


Quando eu criei esse blog não imaginava tudo o que esperava por mim na vida de casada. Não imaginava que mudaria tanto em pouco mais de um ano, não pensava que tantos conceitos que eu tinha como certos na minha cabeça poderiam ser modificados. Não tenho o costume de acreditar que somos de um único jeito, que pensamos de uma única forma para sempre, mas realmente não conseguia ver outros caminhos, que não os que já estavam trilhados por mim. Além disso, eu não sabia que aconteceriam coisas que eu não ia querer dividir com todo mundo. Não só problemas, brigas, mas até mesmo coisas boas.

A verdade é que ninguém gosta de falar sobre as melhores coisas, nem sobre as piores. É como se gastássemos o lado ótimo das coisas boas, quando contamos para os outros. E como se as coisas ruins aumentassem quando divulgamos.

Tenho amigas que casaram na mesma época que eu. E outras que estão namorando. Outras que namoraram por anos e devem imaginar um pouco como são essas coisas. E outras que nunca namoraram sério, que às vezes têm mais ideia do que acontece... ou não têm nenhuma.

Antes de casar com o Igor, nós namoramos por quatro anos e alguns meses. Mesmo assim, tanta coisa mudou depois disso, que não dá nem para contar tudo aqui. O que importa de verdade é que tudo mudou para melhor. Eu não imaginava como isso podia acontecer. Mas aconteceu.

É como se, além de tudo o que já tínhamos de bom - o respeito, o carinho, a atenção, a amizade, a paixão - fosse somado a uma seriedade confortável. Como se, além de tudo, aquilo tivesse virado um relacionamento de verdade, que está acima de todas as coisas bobas de namorados.

É claro que, para chegar até esse ponto, passamos por momentos difícies. Que, assim como a parte boa, foram intensos. Mas eu quero mais é que seja assim! Porque esses extremos fazem com que a gente veja coisas que não veria numa relação morna.

Eu não sei se vou continuar o blog. Às vezes eu quero e às vezes eu não quero dividir as minhas experiências. Agora, por exemplo, sinto que escrevi à beça e não falei nada. Como se só eu pudesse entender o sentido das minhas palavras.

Talvez seja mais uma das mudanças pelas quais estou passando...

Talvez não.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

MuTáVeL

Fico feliz quando percebo que ainda sou mutável. Há alguns anos era mais fácil mudar de posição, de opinião, pois era época de aprendizado constante, intenso. Hoje em dia, um pouco mais orgulhosa, as coisas não são tão simples assim.

Mas, mesmo assim, uma hora ou outra, de acordo com as experiências que você vive, percebe que é preciso rever seus conceitos. Nada é tão certo como você imaginava que fosse. É como a palavra "nunca"... não é bom usá-la... da mesma forma que não é bom acreditar que a certeza é eterna. Uma hora você pode mudar de ideia.

Quando casei e percebi que as pessoas achavam que eu deveria agir diferente em certas ocasiões por causa disso, achava absurdo. O que muda? Não é para eu respeitar como respeitava antes? Amar como amava antes? Ouvir e falar como antes? Por que deveria ser diferente? Então quer dizer que antes era "sacanagem" e agora é que é sério? Não fazia sentido para mim.

Na verdade, na verdade, ainda não faz. Mas hoje, um ano após o casamento, eu entendo que é preciso respeitar esse pensamento coletivo. Mesmo que eu não encontre as razões para que ele exista, eu entendo que é preciso dançar de acordo com a música, pois, eu querendo ou não, vivo em uma sociedade e me importo com isso.

Não é fácil (ninguém disse que é), porque acabo indo de encontro com outros princípios e conceitos que carrego. Por exemplo, devo me importar com o que os outros pensam? Resposta: quando "os outros" significa também a pessoa que você ama, sim, devo me importar com o que os outros pensam. Ou ainda, mesmo não concordando, devo agir assim? Resposta: que jeito? Se eu não agir assim, vou criar problemas para mim mesma. Quando coloco na balança, prefiro agir dessa forma do que passar pelo desconforto de uma briga.

São preços, escolhas. Não é tão difícil dançar essa música, no final das contas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

I.m.a.g.e.m

Sabe aquela máxima que diz que você é o que você pensa que é, você é o que os outros pensam que você é e você é o que você realmente é? Ultimamente, a segunda afirmação tem feito bastante parte da minha vida de casada. Isso porque todos criam uma imagem do nosso relacionamento e daí tiram todas as conclusões sobre como nós dois somos, sobre a forma que nos tratamos, sobre o nosso relacionamento em geral...

Eu nunca soube ao certo definir o que era mais importante, ser o que eu realmente era ou ser o que os outros pensavam sobre mim. Na dúvida, valorizava cada uma das opções conforme achava que era válido.

Mas a imagem que nós dois passamos para os outros é tão boa... Tão boa quanto à imagem que eu penso sobre o que realmente somos. Quando elas nos veem, elas veem carinho, elas veem paixão, elas veem amor, veem respeito, veem orgulho e são exatamente os valores que procuramos preservar diariamente nas discordâncias, nas concordâncias, nas coisas simples e complexas que vivemos.

Acredito que o que realmente faz diferença nisso tudo é o respeito. Não só o respeito dele comigo ou meu com ele. Mas os respeitos que temos pelos nossos sentimentos, pelas nossas emoções. Como quando não concordamos, jamais pensamos que "pronto, agora não aguento mais, não vou ficar com um cara que não concorda comigo para o resto da vida". Isso acontece... muito, com as outras pessoas. Ou quando você sente que as coisas não estão como antes. Ao invés de tentar fazer com que elas voltem a ser como antes, e obter sucesso, as pessoas logo pensam que "é isso mesmo, nada vai ser igual, eu 'até' gosto dele, mas não sei se vale a pena continuar investindo nesse relacionamento".

Não acho que somos o casal perfeito. Nem sei se existe isso. Será que um casal perfeito daria certo? Não tenho essa pretensão, até porque não sei o que isso significa exatamente. Mas sei que somos um casal feliz, que é o que mais importa, afterall, não é?

sábado, 25 de julho de 2009

Medo do futuro? Acho que não...

Sei que já escrevi sobre isso antes, mas o tempo todo o assunto volta de alguma forma na minha vida. Seja porque eu conheço alguém que está se separando ou porque converso sobre pessoas que estão casadas há muito tempo e não têm muitas coisas boas a falar sobre o casamento. Tudo o que me resta pensar e acreditar é que comigo as coisas vão ser diferentes, afinal de contas, elas sempre acontecem de outro jeito comigo.

Tem gente que diz que filho muda tudo, que apesar da dádiva de ser mãe, o casamento não é muito beneficiado. Tem gente que diz que o filho faz com que o casal crie um novo tipo de amor, um amor diferente, e deixa na entrelinha que o tesão acaba. Tem gente que não deixa na entrelinha, que aceita que o tesão no casamento acabar é uma consequencia inevitavel do tempo e que as coisas são assim mesmo e devemos aceita-las. Tem gente que diz que quando o tesão acaba, não tem como continuar casado, porque vira um amor amigo. E ninguém quer um amo amigo dormindo e acordando junto.

Sempre que esses assuntos surgem na minha vida, sempre que as coincidências a respeito dele acontecem, fico pensando no meu relacionamento com o Igor que é diferente de todos os outros que conheço. Esse negócio de controlar a vida do outro, ou que as coisas mudam quando se casa, não existe com a gente.

O meu medo era tão grande que isso acontecesse durante esses cinco anos que estamos juntos, que acabamos nos livrando dessas coisas que costumam destruirt os relacionamentos com o tempo. Eu tenho amigo homem, eles dormem na minha casa, eu durmo na casa deles, nos saimos para beber juntos, nos conversamos sobre tudo.

Ele trabalha viajando, na maioria das vezes com mulheres, é o caminho que ele escolheu e eu o apoiei. As coisas são assim, eu não tenho do que reclamar, ele continua sendo a melhor escolha que eu poderia ter feito.

Se eu quero sair, eu saio e falar para ele não é dar satisfação, mas dividir os momentos bons - ou ruins - que passei.

Se ele está em casa, eu dedico o meu tempo inteiro a ele, porque eu quero, porque eu gosto e porque é isso o que me satisfaz.

E durante todo esse tempo, todas as nossas - poucas - brigas foram exatamente para moldar esse relacionamento baseado no respeito. Nós sabemos que é essencial preservarmos nossas vidas, além da vida como casal. Nós sabemos que ninguém deve satisfação por aqui, mas só respeito.

Nós entendemos que a confiança é a base de tudo e que fidelidade é algo que se sente e não que se força a praticar.

Se nosso relacionamento foi por tanto tempo assim, por que eu teria medo do futuro? Se o começo não foi igual ao de ninguém que me contou as histórias com finais tristes?

terça-feira, 14 de julho de 2009

E para os amigos...

... tudo muda também! Principalmente para os solteiros, e isso não é uma segragação, é complicado de entender que a vida individual continua a existir. A sensação que eu tenho é que tudo o que eu falo para eles agora diz respeito ao casal. Se eu digo que não estou muito bem, a primeira coisa que pensam é que o casamento está passando por problemas.

Mas já??? É claro que não! Se um casamento passa por problemas assim, logo no início, nossa! Não sei nem o que eu pensaria! Não, não é isso! Eu posso perfeitamente ser casada e ter problemas que só dizem respeito a mim!

E quando você diz que está cansada da sua vida, querendo mudar? Nossaaaa, aí é como se você estivesse falando em separação, divórcio mesmo! "O que aconteceu??? Ele fez alguma coisa???". Se as coisas são assim quando você casa, fico imaginando o que acontece quando você tem filho. Deve passar a sua existência - completa - para o bebê, eu imagino.

Tudo fica mais sério, eles começam a selecionar os programas para os quais você será convidada, afinal de contas, você é uma mulher casada agora. Tem uma parte que eu confesso ter gostado. Eles finalmente voltam a ter respeito e a tratar você como uma mulher e não como um camarada que está ali e pode ouvir qualquer coisa.

É claro que, dependendo do nível de intimidade, a situação pode ser reversa. Agora que você é casada que não importa mesmo o respeito e eles podem falar qualquer bobagem que falariam em um local somente com pessoas do sexo masculino. Palavrões mais pesados, falar mal de alguma menina, bem - muito bem na maior parte das vezes - de outra e você acaba ouvindo coisas que preferia não ouvir.

De uma forma ou de outra, as mudanças entre os amigos homens são, definitivamente, melhores.

sábado, 11 de julho de 2009

Tudo por você

Não é com todo mundo, pelo menos não só nos finais de semana... E nem todos os finais de semana, só alguns que eu dou a sorte dele estar aqui. Mas nesse final de semana, pela primeira vez em muito tempo, eu senti prazer em cozinhar.


Todo mundo que me conhece, sabe que a cozinha não é muito a minha praia. Mas hoje ele chegou tão cansadinho do trabalho e eu estava com tanta saudade, que fui feliz para a cozinha fazer nosso almoço. Fiz um macarrão, com molho de tomate, salsicha e pimenta.

Ele ficou feliz quando acordou e viu que eu tinha preparado tudo, ainda coloquei a mesa e um copo com gelo e coca, como ele gosta. Pode parecer bobo, sem graça para quem está de fora. Mas eu sei que ele ficou feliz de verdade e eu sei que eu fiquei feliz por ele ter ficado feliz.

E essas coisas só a gente mesmo entende, porque só a gente sabe o valor das pequenas grandes coisas no relacionamento. Tem a ver com o prazer de fazer o outro feliz. E eu passei a compreender isso um pouco melhor depois que nos casamos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

B a b i e s

Já escrevi sobre isso? Acho que não, espero que não. Mas é um assunto inevitável! Não só porque as pessoas não param de perguntar, principalmente aquelas que têm menos intimidade com você e não têm outro assunto para falar a não ser perguntar do seu casamento e "quando saem os bebês", como se fosse uma encomenda óbvia depois do matrimônio.

Mas também porque subitamente, de um dia para o outro, você se pega pensando em como seria bom ter um bebê, acariciando sua barriga estufada em frente ao espelho e lendo matérias de gravidez e crianças na internet.

Pois é. Hoje, meu fiel horóscopo da Elle dizia que, se eu estava pensando em bebês, devia conversar com meu parceiro para saber se os planos dele estão alinhados com os meus. Dessa forma, nenhum dos dois teria que fazer grandes sacrifícios. Sem meias palavras, han..

A verdade é que toda a parte boa é sempre a parte boa. Lógico. Mas o que quero dizer é que as pessoas, quando querem alguma coisa, esquecem de avaliar o outro lado da história. Sem contar com a escola que custa no mínimo R$1000,00, a babá que será insdispensável, o plano de saúde que praticamente triplica, as fraldas, comida, roupa, móveis e espaço, que são bens tangíveis e, de uma forma ou de outra, alcançáveis, a parte mais assustadora, para mim, é a educação, o exemplo, a moral, a personalidade e as experiências.

Essa parte que é a perigosa e ameaçadora.

Mas quando você está concluindo o pensamento de que deve reconsiderar.... vem a imagem daquele bebê gostoso, rindo para você quando acorda! Ou você vê na rua aquele abraço apertado que o filho dá na mãe! Ai ai...

É claro que tudo tem seu tempo! Não só meu casamento acabou de começar, como minha vida profissional, que requer demais meu tempo! Ainda fui me meter em mais uma etapa de estudo, pós-graduação, para completar! Não dá para pensar nessas coisas agora, infelizmente!

Enquanto isso, meus amigos e familiares me fizeram um favor! E alguns deles resolveram ter bebê esse ano! Um deles, inclusive, é meu irmão e meu afilhado! Para que me preocupar? ;)

sábado, 23 de maio de 2009

F u t u r o

Hoje me dei conta que cheguei, já há algum tempo, no futuro que eu imaginava pouco antes de entrar na faculdade. Na verdade, bem antes disso, quando brincava de colocar no papel com quantos anos me casaria, quantos filhos e carros teria, aonde moraria e que profissão seguiria (tinha isso ou estou inventando? Acho que estou inventando essa última opção).

Como sempre tive uma tendência "midiana", colocava que casaria com 25 anos, enquanto minhas amigas colocavam 27 e outras 23, acredito que a escolha era de acordo com o exemplo dos pais de cada uma. Entre as opções de cidades, estavam sempre Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo. Não imaginava que casaria com 23 anos. Sobre os filhos, não lembro quais opções caiam para mim, mas sei que sempre preferia cair na opção de dois, acho que porque éramos eu e meu irmão somente na minha casa, então achava que seria bom assim para mim também.

Hoje visitei uma amiga que teve bebê recentemente, eu e outras amigas fomos lá. E nos vimos, três entre quatro, casadas. Tão novas, mas todas casadas. E eu percebi que não há como você prever o que vai acontecer daqui a 6 anos. Há como sonhar, mas as coisas podem acontecer completamente diferente do que você imaginava. Às vezes melhor, às vezes pior e algumas vezes indiferente.

Eu não casei com 25 anos, não moro em Curitiba, nem pretendo ter três filhos ou uma Ferrari (ahhhh, era essa a outra opção, carros!), mas eu estou completamente feliz com o rumo que as coisas tomaram na minha vida. E agora, que o futuro já chegou, já há outro futuro que tenho que tomar conta. Pós, filhos, viagens... Há sempre mais pelo que lutar e isso é que dá sentido à vida.